O Ato Institucional nº 5, AI-5, baixado em 13 de
dezembro de 1968, durante o governo do general Costa e Silva, foi a expressão
mais acabada da ditadura militar brasileira (1964-1985). Vigorou até dezembro
de 1978 e produziu um elenco de ações arbitrárias de efeitos duradouros.
Definiu o momento mais duro do regime, dando poder de exceção aos governantes
para punir arbitrariamente os que fossem inimigos do regime ou como tal
considerados.
O governo de
João Baptista Figueiredo marcou a posse do cargo de presidente brasileiro como
de um militar pela última vez. Em seu mandato a abertura política se
intensificou e as manifestações populares conseguiram pressionar o governo em
sentido ao fim da ditadura. Além disso, uma grave crise econômica marcou os
anos de João Figueiredo no poder.
A divulgação da chamada
“Emenda Dante de Oliveira” repercutiu entre vários grupos mais politizados das
capitais e grandes cidades do país. Em um curto espaço de tempo, membros do
PMDB, PT e PDT passaram a organizar grandes comícios onde a população se colocava
em favor da escolha direta para o cargo de presidente. Com a repercussão tomada
nos meios de comunicação, essas manifestações se transformaram no movimento das
“Diretas Já!” a
consequência das manifestações foi o surgimento de
eleições diretas para governadores, que conduziu ao poder estadual expressivos
políticos da oposição.
Reconhecida como uma
das maiores manifestações populares já ocorridas no país, as “Diretas Já!”
foram marcadas por enormes comícios onde figuras perseguidas pela ditadura
militar, membros da classe artística, intelectuais e representantes de outros
movimentos militavam pela aprovação do projeto de lei. Em janeiro de 1984,
cerca de 300.000 pessoas se reuniram na Praça da Sé, em São Paulo. Três meses
depois, um milhão de cidadãos tomou o Rio de Janeiro. Algumas semanas depois,
cerca de 1,7 milhões de pessoas se mobilizaram em São Paulo.
O período da História
do Brasil entre os anos de 1969 e 1973 foi marcado por forte crescimento da
economia. Nesta época o Brasil era uma Ditadura Militar, governado pelo general
Médici. O termo “milagre” está relacionado com este rápido e excepcional
crescimento econômico pelo qual passou o Brasil neste período. Este crescimento
foi alavancado pelo PAEG (Programa de Ação Econômica do Governo) implantado em
1964, durante o governo de Castelo Branco.
Principais
características deste período:
- Crescimento do PIB
(Produto Interno Bruto) entre 7% e 13% ao ano;
- Melhorais
significativas na infraestrutura do país;
- Aumento do nível de
emprego proporcionado, principalmente, pelos investimentos nos setores de
infraestrutura e indústria.
- Significativo
desenvolvimento industrial, alavancado pelos investimentos nos setores de siderurgia,
geração de eletricidade e indústria petroquímica. O setor foi puxado,
principalmente, pelo crescimento e fortalecimento das empresas estatais.
Há quatro décadas a
seleção brasileira conquistava o tri-campeonato de futebol mundial, no México. A seleção brasileira de futebol de 1970 foi considerada por muitos a maior de todos
os tempos. Ao arrematar em apoteose a taça, tomou para si o estigma de um feito
heróico, num espetáculo transmitido pela primeira vez para o povo brasileiro
através da televisão. Com forte cobertura na mídia de então, a vitória da
seleção brasileira em 1970 foi usada como instrumento de propaganda do regime
militar. Nunca o futebol seria tão bem explorado como propaganda de um governo
no Brasil como o foi em 1970. A taça Jules Rimet foi erguida pelo próprio
presidente de então, Emílio Garrastazu Médici.