Era Vargas (Capitulo 7)
Conhecido como o ‘pai dos pobres’ por ter
regulamentado uma série de leis trabalhistas, Getúlio Vargas ficou no
imaginário da população brasileira como “o presidente que se ‘’antecipava’ às
demandas dos trabalhadores e oferecia a legislação social como um ‘presente’ do
Estado, que ‘devia’ ser aceito pela população”, como afirma a historiadora
Ângela de Castro Gomes no livro ‘Cidadania e Direitos do Trabalho’ ou Código de
Leis Trabalhistas (CLT). Mas o que efetivamente devemos a Vargas?
No estado de São
Paulo era grande a insatisfação com o governo provisório de Vargas. Os
paulistas esperavam a convocação de eleições, mas dois anos se passaram e o
governo provisório se mantinha. Os fazendeiros paulistas, que tinham perdido o
poder após a revolução de 1930, eram os mais insatisfeitos e encabeçaram uma
forte oposição ao governo Vargas. Houve também grande participação de
estudantes universitários, comerciários e profissionais liberais. Os paulistas
exigiam do governo provisório a elaboração de uma nova Constituição e a
convocação de eleições para presidentes. Exigiam também, de imediato, a saída
do interventor pernambucano João Alberto e a nomeação de um interventor
paulista.
Os paulistas também
criticavam muito a forma autoritária com que Vargas vinha conduzindo a política
do país. Queriam mais democracia e maior participação na vida política do
Brasil.
Com Vargas não
atendeu as reivindicações dos paulistas, em maio de 1932 começaram uma série de
manifestações de rua contrárias ao governo Vargas. Numa destas manifestações,
houve forte reação policial, ocasionando a morte de quatro estudantes (Martins,
Miragaia, Dráusio e Camargo). As iniciais dos nomes destes estudantes (MMDC)
transformou-se no símbolo da revolução.
Em 9 de julho de 1932 teve início a Revolução Constitucionalista, que
foi uma verdadeira guerra civil. Os paulistas fizeram uma grande campanha,
usando jornais e rádios, conseguindo mobilizar grande parte da população. Os
combates ocorreram, principalmente, no estado de São Paulo, região sul do Mato
Grosso e região sul de Minas Gerais.
Contando apenas com o
apoio do sul do Mato Grosso, São Paulo enfrentou o poder militar do das forças
armadas federais. O resultado foi a rendição e derrota paulista em 28 de
setembro de 1932. Cerca de três mil brasileiros morreram em combate e mais de
cinco mil ficaram feridos durante a revolução.
O DIP
foi criado por decreto presidencial em dezembro de 1939, com o objetivo de
difundir a ideologia do Estado Novo junto às camadas populares. Mas sua origem
remontava a um período anterior. Em 1931 foi criado o Departamento Oficial de
Publicidade, e em 1934 o Departamento de Propaganda e Difusão Cultural (DPDC).
Já no Estado Novo, no início de 1938, o DPDC transformou-se no Departamento
Nacional de Propaganda (DNP), que finalmente deu lugar ao DIP.
O
DIP possuía os setores de divulgação, radiodifusão, teatro, cinema, turismo e
imprensa. Cabia-lhe coordenar, orientar e centralizar a propaganda interna e
externa, fazer censura ao teatro, cinema e funções esportivas e recreativas,
organizar manifestações cívicas, festas patrióticas, exposições, concertos,
conferências, e dirigir o programa de radiodifusão oficial do governo. Vários
estados possuíam órgãos filiados ao DIP, os chamados "Deips". Essa
estrutura altamente centralizada permitia ao governo exercer o controle da
informação, assegurando-lhe o domínio da vida cultural do país.
Por
ocasião da Revolução de 1930, a criação de uma grande indústria siderúrgica
nacional havia sido fixada como um dos objetivos do governo, visando a atender
às necessidades não só do desenvolvimento econômico, mas da própria soberania
nacional. Foi exatamente a preocupação com a defesa nacional que fez com que, a
partir de meados da década, os militares passassem a desempenhar um papel chave
na luta em prol da indústria siderúrgica brasileira.
Em
junho de 1939, durante visita aos Estados Unidos do chefe do Estado-Maior do
Exército brasileiro, general Góes
Monteiro, o governo norte-americano manifestou sua disposição de cooperar no
reequipamento econômico e militar brasileiro em troca de nossa colaboração nos
planos de defesa continental traçados por Washington. Na ocasião foi enviado ao
Brasil um grupo de técnicos da United States Steel e, como resultado das
conclusões favoráveis de seus estudos, foi instalada a Comissão Preparatória do
Plano Siderúrgico. Contudo, em janeiro de 1940 o governo brasileiro foi
informado da decisão daquela empresa de que não iria mais participar da
construção da usina no Brasil. Embora os motivos dessa desistência nunca tenham
ficado claros, é possível que estivessem ligados aos estudos que se faziam na
época em torno da criação de um novo Código de Minas que proibiria a
participação estrangeira na atividade metalúrgica. Em vista da decisão da
empresa norte-americana, o governo brasileiro decidiu levar adiante o
empreendimento por meio da constituição de uma empresa nacional, com a ajuda de
empréstimos estrangeiros. Ainda em 1940 foi criada a Comissão Executiva do
Plano Siderúrgico Nacional, que estabeleceu metas de produção e financiamento e
decidiu pela localização da usina em Volta Redonda (RJ).
poderia colocar algo para sinalizar as palavras mais importantes para serem estudadas EX.: deixar uma letra maior, sublinhar a palavra, ou algo que chame mais atenção. Isso iria facilitar o estudo
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